domingo, 29 de janeiro de 2012

Veneno Natural

Percorro, com os dedos,
o corpo da imaginação
outrora tocado pelas nuvens de fumo
provenientes da queima das artérias
onde passou o veneno do amor.

Ainda sinto por perto
o perfume da grandiosa natureza
que com ternura observei
com os olhos do vento,
toquei com as mãos da chuva,
e onde enterrei as memórias
de uma realidade morta...

Gelo da Ausência

Na cadeira do pensamento,
desenvolvo o leve gesto
que planeio minuciosamente
afastando a dúvida,
deixando as palavras brigarem com a vontade
e observo os gélidos olhares,
lançados ao ódio,
imaginando a possibilidade
da mágoa sentida.

Mas não,
desta vez a inocência não está presente
e escapam os sentimentos ocultados,
em mim,
para a percepção do sangue das flores espinhosas
que queria que colhesses.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Hesitação...
Um passo em frente
e hesito novamente...
Porque é que as palavras não saem,
ficando presas no pensamento apenas?
Olho para o relógio,
ajeito o cabelo,
mais um passo...
- Desculpe, posso invadir o seu tempo?

sábado, 21 de janeiro de 2012

...

Guardo, recordo,
procurando além do silêncio...
...os gritos confusos que penso ter ouvido
enquanto via os ponteiros do relógio ameaçarem o meu tempo
que pensei ter na ilusão que criei
pela não pronunciação de mais palavras
provavelmente ditas por ti,
imaginadas por mim,
na miragem enevoada que pintei
por uma vontade de incerteza.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

...paixão

Qualquer acto descuidado poderia revelar o segredo do sentimento mais empolgante alguma vez visto. Qualquer conjunto de palavras ou um simples olhar denunciaria uma paixão.
E batalham os apaixonados com o escopo da conquista, num mix de emoções e gestos carinhosos desenhados pela mente em conjunto com o corpo.
Não, não vale a pena perguntar qual é a sensação de estar apaixonado. É algo indescritível por palavras, que apenas se consegue sentir e demonstrar! Algo tão belo e arrepiante, que nem qualquer divindade conseguiria explicar.

Sentir,
Sentir,
Sentir...

Demora, vai e vem como que se de um boomerangue se tratasse. Mas é sempre diferente. Sempre brilhante, pelo que nem sempre feliz.
Alimenta a imaginação de qualquer um e fá-los voar em torno de uma alucinação denominada paixão, que vai ardendo...ardendo...até em cinzas se transformar.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Abismo

Ambição, conquista, fadiga, amor
Morte, a tal da qual se foge
O abismo do ego
Totalmente preso no olhar
E na expressão das veias salientes

Entretanto, fito o horizonte...
Murmurando confesso
Ser um pesadelo da mente
Incapacitada de te decifrar,
Lamento estas linhas
E tudo o que fiz para te encontrar
Nunca querendo ir além do abismo

Canto, encanto, desencanto
Intrigas do pôr do Sol
Onde adormeci e espero sonhar...

sábado, 7 de janeiro de 2012

The Blame.

Blame Heaven,
Blame Hell.
Blame whatever you want to
But not me,
Not today.

Bloody spiked visions
Running through my head
I remember all
I forgot nothing,
I want you dead
And this fire to spread.

By the name of dark
Tulips,
Roses,
Orchids,
And Margarits
I'd rather see my soul dead
Because I'm loving you and demons
Instead...