terça-feira, 20 de novembro de 2012
A(s) Cor(es) da Morte
Como esmeraldas quebradas
nos despimos
de fardos pesados
trazidos pelas palavras
de cor serpente.
Doem-me as memórias
de uma lágrima retida
quando o silêncio
abraçou as nossas bocas,
contido no olhar.
Se pudesse,
sepultar-te-ia amanhã
num túmulo triste
em forma de valsa
decorado com crisântemos
cor-de-despedida.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Anotações Nocturnas
A beleza não me atinge,
senão ao invocar
um sorriso triste;
Corroo por dentro:
sou feliz por não mostrar
a tristeza dos meus olhos.
Os lábios que me sorriem
de luxúria eterna avermelhada,
segredam-me
a história de um amor
laminado pela incerteza
de ser desvendado.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Instantaneamente
A vida
é um feriado
passado sobre uma ponte
em observação
de um mundo decrépito
Não sei como sucumbir
mas quando chegar
o dia M,
escreverei até desaparecer
sem renascer novamente.
E ficámos no ar
em Jardins Suspensos
no País das Maravilhas
enquanto os nossos sonhos...
...balançavam.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Os pensamentos amanhecem
com a noite insone;
Entre a vida e a morte,
mantenho calma a agonia
sem me arrastar levitando
Chego antes de partir,
derradeiramente aconchegada
num cigarro por acender
e sem rosas vermelhas na mão
A negação acompanha-me
melancólica
com amarras e ironia
de sabor agridoce,
podendo atraiçoar-me
sem deixar rasto.
domingo, 4 de novembro de 2012
De Nada, Nada
Dos corpos abandonados
com a gravidade
de ímanes do mesmo pólo,
nada resta.
De um homem
entre três paredes
com um copo de solidão
na mão do desespero,
nada restará.
Dos olhos profundos
que o ciume ocupa
com um céu rasgado
de nuvens encharcadas,
resta o ódio do amor.
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