sábado, 24 de janeiro de 2015

O Jogo



Nada.
Tudo.
As ofertas estão na mesa
e as escolhas nas minhas mãos.
Lanço o dado:
Cinco.
Recuo, fico, avanço?
Incógnita silenciosa,
duvida venenosa.
Qualquer sopro, brisa.
Movimento, esperança:
congelo, paro o tempo.
Quem somos nós neste jogo?
Quem sou eu?
Fruto da imaginação do espelho!

Quebra, solta
Onde estou no tabuleiro?
As questões de resposta ébria
dançam de novo na mesa.

Nunca me esqueci
do dia em que não te conheci.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Perfume



Amas a noite,
tocas o céu e as estrelas
morres pelo infinito
e cobres-me com o seu véu.

És o perfume que me chama
e aguças os sentidos da natureza
quando irrompes do teu casulo.

Porquê esquecer
quando sei que continuo envelhecendo
com o cair da noite?

Vagueas na lua
sendo um corpo insone
na minha luta contra o silêncio.