segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Queda no Esquecimento

Chora, soluça
e eu limpo-lhe as lágrimas...
Grita, sufoca
e eu dou-lhe a mão,
sendo o seu calmante humano
no abraço e nas palavras...
Está ali,
vai-se embora,
volta, e volta a ir!;
já não precisa de mim -
como que uma intoxicação
que já destinada à morte,
mas a da alma.
Fica o vazio,
sensação de inexistência;
será só hoje?
só amanhã?
ou até se avivar o mecanismo de memória?
Sei que não precisa de mim,
nem eu preciso daquilo,
mas era no entanto reconfortante
a história ali esboçada
quando abdiquei do (talvez) principal...
Um dia, poderei desaparecer!
substancial e lentamente;
e não obstante,
observarei à distância...

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