domingo, 22 de dezembro de 2013

Máscara de Sanidade



Vagueio pelas ruas do silêncio.

A insanidade
invadiu-me abruptamente
e não posso dizer
que não bateu à porta antes de entrar.

Desconheço as ébrias moléculas do sono,
agora só sei que adormeço
quando não sonho
e o espelho não me mente.

Tento atrasar o relógio,
mas o perdão
está preso nas suas rodas dentadas
e o coelho relembra-me constantemente
que não me devo atrasar.

Por tudo isto
e nada mais que me lembre,
deixo este recado à consciência
no caso de um dia me curar.

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