segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

As Correntes de Ellie

[Ellie Adranssack] Vivia escondida por detrás das máscaras que pareciam ser correctas, tendo em conta o que aparentava ser.
Aos olhos dos mais crueis, era uma das piores criaturas que conheciam. Diziam-no sem saber que [Ellie] era diferente, especial e que não era o que pintavam ser.


Vê, sente, sabe
E ninguém além da sua aparência,
Das falsas e mal contadas histórias que se ouvem por aí
E ninguém sente as diversas maravilhas e os diversos horrores do mundo que a rodeia, que os rodeia
Da forma como ela sente
E ninguém sabe o que ela finge não saber
Lendo nos gestos e nos olhares dos que se aproximavam.

Esconde-se, vive, faz
E muitos escondem dos outros o que verdadeiramente são
Tal como ela fez durante anos
E ninguém sabe como ela vive frustrada de tanto fingir
Ser o que não teria de ser
E ninguém faz o que ela faz, fez, faria para salvar e proteger os adorados e amados
Sendo superior às expectativas dos que a odeiam.

Mas liberta-se, libertou-se...
Daquilo que tinha de se libertar
Partiu as correntes que lhe estrangulavam a alma
Sem a deixar ser ela mesma...
As correntes que lhe amarravam os pés sem a deixar caminhar
Na direcção a que estava destinada
E que ninguém quis ver, sentir, saber...

Nenhum comentário:

Postar um comentário