terça-feira, 17 de abril de 2012

Presença

Sobre o sono me deito,
ouço a chuva bater na janela
com a delicadeza própria d'um temporal,
temporário,
não premeditado
que me acolhe o peso das pálpebras
já querendo adormecer

Sopra-me um vento na face,
parece ser a tua respiração,
tacteio o vazio,
não estás;
Ouço sussurrar o meu nome,
num tom de relâmpago,
parece ser a tua voz,
procuro o som,
mas não te vejo...

Apenas sei que estás,
detecto a tua presença
pelo perfume que me deixaste
para recordar
numa noite fria e nublada da tua ausência.

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