terça-feira, 19 de junho de 2012

Finalizarei este poema





Quando o céu ficar sem teto,
as flores ficarem sem pólen,
as àrvores sem madeira
e os pássaros sem penas...


Quando o dia for a noite,
as praias os desertos,
as montanhas se tornarem planas
e do mar restar apenas o sal...


Quando os tapetes ficarem sem chão,
as paredes forem apenas tinta,
as portas trancadas se abrirem num sopro
e as janelas forem ocas...


Quando o sósia do amor for o ódio,
sem a vigilia dos olhos mudos
e estiver apenas a vaguear...


Hei-de encontrar uma linha final
para este poema.

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