segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cidade Morta




As linhas da minha mão
assemelham-se a estradas
mas nelas,
vejo pouco chão que possa pisar
e as passadeiras flutuam
lânguidas como o vento

A minha cidade está morta;
de cada casa,
de cada detalhe urbano,
restam apenas sombras
que não sei distinguir

Quanto tempo passou,
quantos relógios morreram,
quantos corações ressequíram?

Quero degolar os meus pesadelos
até acordar e sentir frio
para me encolher
e adormecer novamente.

Ouvi...
o leve sopro de uma porta a abrir;
então, senti a tristeza do adeus
por saber que não haveria retorno
para a minha cidade que morreu.

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