sexta-feira, 5 de outubro de 2012
I
A poesia consome-me de escrever,
rouba-me a mente e a caneta
transforma-se em mim
e foge para o meu caderno
apenas deslizando.
Um cinzeiro à espera,
uma luz rasgada,
um suspiro em quebra,
uma folha queimada
e um vento que mastigo.
As minhas mãos falam,
os meus olhos respiram;
enquanto fumo um cigarro,
pratico o gesto ambíguo
da vida e da morte.
Nem tudo
tem de ser coerente,
até quando mergulho na minha mente
e desenho o surreal,
posso curvar na vertical.
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Antes, o real era algo admitido e vivido. Hoje, a incoerência, desdobra mais da alma, do que pontos reais, ou, coerências parciais. Os desenhos surreais, podem e devem, curvar mais! :)
ResponderExcluirObrigada pela apreciação, mais uma vez! As tuas palavras são, além de um tanto elogiadoras, boas respostas ao que escrevo (:
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