terça-feira, 10 de julho de 2012

Era Uma Vez III



Era uma vez
uma casa plantada
no mar cintilante
em que te perdi na noite.

Esta casa,
contava histórias,
sorria e chorava
ao ritmo do bater das ondas.

Nesta casa se abrigavam
os contos dos marinheiros desaparecidos
que lá iam sem retorno
e que lá retornavam
sem nunca lá terem ido.

A casa de que falo,
já jorra sangue vermelho
com ranhuras pretas
sem as sombras do silêncio.

A casa do mar,
é o mistério dos livros não escritos,
é o girar das areias,
é o rasgar do céu,
é a penumbra de um sonho...

Foi na casa do mar
que nos tranquei a sós,
onde te conheci
e onde te esquecerei.

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