segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Mar



Atirá-mos ao mar
as pérolas do silêncio
que tanto tempo guardámos
em caixas de areia
sobre o luar na praia

Sem pintar,
sem pincel,
surgiam telas de azul
c o r - d e - m a r
cobrindo um barco naufragado
num quadro de horror,
pânico enclausurado,
pendurado no nada

Não há imagens,
Deuses e Sóis,
páginas e penas,
nem mesmo vidros,
que nos queimem
a agonia e as memórias
junto de um azul ondulado.

3 comentários:

  1. "Não há imagens,
    Deuses e Sóis,
    páginas e penas,
    nem mesmo vidros,
    que nos queimem
    a agonia e as memórias
    junto de um azul ondulado. "

    Por que não dois mistérios no mesmo espaço?
    nós e o mar - o grande amor e a grande guerra.

    ResponderExcluir