domingo, 5 de maio de 2013

Amor de Morte III




Há que limar todas as arestas
para cada circulo vulcânico que atravessamos
sem que as fagulhas nos toquem os lábios
que flamejam fulminantes sem se ver
e se tocam sem se olhar.

Existem promessas silenciadas em montanhas
por todos os segredos que contemos
no fim das lágrimas de um beijo
quando com as mãos nos cortámos
para podermos partir juntos.

A inocência ficou caída entre rosas,
massacrada pela morte de várias palavras
e ferida pela crueldade da ausência
- onde ter-te era uma obrigação
e perder-te foi uma facada.

Quem venenos bebeu,
com água não se curou!
As nossas cartas de amor, despedida e ódio
voltaram para a fogueira,
e tal como os venenos,
o nosso amor nunca terá uma cura.

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