quinta-feira, 2 de maio de 2013

Crescendo




Desperto os meus cinco sentidos
e faço-os girar em torno de lugares perdidos
mas onde neles me encontrarei.

Não,
não perdi a inocência de um amor devastador
nem os desenhos da ardente esperança,
inquietatante nas raízes dos olhos
e ausente na fúria do sono!;

Simplesmente oculto o sangue que me fervilha,
preso numa semente impedida de crescer
e que, a nós amarrada, já não nos esquece:
- Quantas sementes se guardam por época
sem se dar término às épocas?

Noutro tempo,
noutra Primavera,
noutros jardins proibidos
e sempre na mesma germinação
eu partirei para o fatal reencontro.

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