quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sopor Aeternus




- Para ti que dormes nos parapeitos das montanhas à noite,
que te aconchegas nas ondas do mar...


Beberei
todas as lágrimas de chumbo
que a culpa acarreta,
todas as mágoas dos segredos
escondidos na névoa dos meus olhos.

Fecharei os olhos
até tudo se apagar,
até adormecer num sono profundo
quando ouvir suspirar
...sopor aeternus...

Em todas as lágrimas embriagadas que encontrei,
derramei o amor gota a gota
porque nada mais cabe no silêncio
que a incerteza de não o ouvir!

E de todas as portas que se abrirem,
alguma há-de ranger um nome
porque nada mais cabe no silêncio
senão o lado negro de uma luz.

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