domingo, 24 de março de 2013

Confissões nocturnas



Há duas longas horas que tento ecsrever,
mas nada me sai da caneta
desde que te esqueci,
meu amor.

Prometo que já não passo pela tua casa,
até porque os meus sapatos avariaram,
sabes,
eles cansaram-se de caminhar em vão.

A hora do pôr-do-Sol aproxima-se
e eu estou sozinha,
sentada num rochedo erudito
na esperança de ver o teu rosto
reflectido no mar imenso em que me banho,
para te esquecer de novo.

Mas confesso,
não consigo lavar-te da minha pele:
a intensidade dos teus olhos cor-de-azeitona
perfurou a minha pele e entranhou-se nela;
confesso ainda que não te esqueci
e que já consegui escrever:
apenas queimei aquelas folhas de papel pergaminho
na tentativa de engolir o silêncio.

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