sábado, 9 de março de 2013

Floresta da sabedoria




As árvores que me amam
despiram-se pela minha tristeza,
para esconderem as lágrimas do meu corpo
(sinto-me febril,
quero fugir e esconder-me).

Na densa floresta
que suspira o meu nome por entre ramos,
descobri os três caminhos
dos quais só um escolheria:
optei pelo quarto,
aquele que eu mesma abri para seguir
(está escuro,
vejo tudo embaciado e perdi os sentidos).

Senti uma pancada forte:
um enorme relógio de bolso
acertou cudidadosamente a minha nuca
e em tic-tac's,
explicou-me que é necessário adormecer,
hibernar,
ausentar-me
(até ele me despertar
só quando a minha mente acordar).

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